As operações de produção agrícola têm se beneficiado da tecnologia disponível para o agronegócio, que pode ser aplicada em todas as etapas do processo produtivo. No plantio mecanizado, por exemplo, são observadas tendências de aprimoramento constante, o que gera inúmeras vantagens para o produtor.
Assim, desde o emprego de máquinas autônomas programadas e dirigidas a distância até a utilização de técnicas de plantio que garantem melhor aproveitamento dos recursos, o plantio está muito bem amparado. O produtor rural, hoje, tem à sua disposição inúmeras ferramentas produtivas e de gestão.
Continue a leitura e descubra 6 tendências na agricultura que estão revolucionando o plantio mecanizado!
1. Telemetria
A palavra “telemetria” tem o significado genérico de medição a distância. Em termos de tecnologia aplicada ao agronegócio, em especial no plantio mecanizado, consiste na coleta de dados sobre máquinas, veículos e equipamentos para a sede operacional, por meio remoto.
Assim, fazendo uso de sensores e de GPS, muitas informações essenciais para a gestão das operações agrícolas em andamento são encaminhadas até uma central. Com isso, dados sobre o equipamento, o ambiente e a lavoura podem ser avaliados e utilizados para otimização da produção, destacando-se no plantio, entre outros:
- velocidade de plantio;
- taxa de sementes dosadas;
- rendimento operacional em hectares/hora (ha/h);
- singularidade;
- coeficiente de variação.
A telemetria traz grandes benefícios para o produtor, como:
- mais segurança nas operações;
- maior agilidade nas decisões;
- economia de tempo;
- incremento na eficiência;
- redução de custos operacionais;
- aprimoramento da gestão;
- aumento da produtividade.
2. Plantio linha a linha
A tecnologia linha a linha é um sistema eletrônico capaz de monitorar e controlar a dosagem de sementes em taxa fixa e taxa variável em cada linha de plantio. Em outras palavras, o motor elétrico instalado no dosador de sementes consegue aumentar e diminuir a velocidade do disco de semente.
Assim, por exemplo, durante uma curva nos trabalhos de plantio, o sistema realiza uma dosagem diferente entre o lado que esta dentro da curva e o que está fora da curva, garantindo que assim a dosagem de sementes por metro se mantenha uniforme.
Dessa forma, corrigindo situações pontuais em cada linha, há um aproveitamento muito maior dos insumos utilizados na operação. O sistema de plantio linha a linha pode ser adotado na utilização de plantadeiras.
Fazendo uso da tecnologia linha a linha no plantio, é possível configurar parâmetros como quantidade de sementes e desligamento de linha.
3. Controle automático de seções
O controle automático de seções é uma tecnologia que impacta o plantio, a adubação e a aplicação de defensivos, entre outras possibilidades. Sua principal característica é evitar a ocorrência de sobreposição de insumo em diversos momentos operacionais no terreno, principalmente em bordaduras e arremates.
Na verdade, o sistema promove a ativação ou desativação imediata de uma ou mais seções de modo individualizado para cada linha de plantio. Com isso, evitam-se perdas de sementes ao mesmo tempo em que se realiza um plantio muito mais regular.
A maior parte das plantadeiras em operação pode receber esse sistema, cujo princípio de controle reside nas embreagens individualizadas específicas, que podem ser operadas por meio de monitor instalado na cabine. Há uma boa redução de custos, uma vez que as perdas na sobreposição são evitadas.
4. Tratores autônomos
O trator autônomo é uma máquina agrícola que dispensa o operador de máquina e pode ser operada a distância. Para isso, faz uso de diversas tecnologias, como:
- sensores;
- GPS agrícola;
- telemetria;
- controle remoto.
O trator autônomo também pode ser programado para conduzir suas operações sem a necessidade do acompanhamento remoto. Nesse caso, realiza-se o planejamento da rota a ser seguida em função da operação prevista, e a máquina respeita as configurações definidas.
Esse tipo de tecnologia oferece redução de acidentes com máquinas agrícolas, relativamente comuns nas propriedades rurais. Ainda, permite a utilização de mais de uma máquina no mesmo período, melhorando a produtividade.
A ausência de operador garante a realização de tarefas por maior tempo, sem necessidade de intervalos de refeição, descanso de jornada e outras paradas que interrompem os trabalhos. Assim, pode-se contar com mais eficiência e melhoria na produtividade da lavoura.
5. Monitoramento remoto
O monitoramento remoto das condições da lavoura constitui um grande avanço na capacidade de acompanhar o desenvolvimento das plantas desde o plantio. Ao mesmo tempo, quando realizado por meio de drones, permite a visualização das operações em tempo real.
Assim, por exemplo, um trator autônomo operando na semeadura pode ser acompanhado, também, pelas imagens fornecidas por um drone a qualquer momento. Nessa hipótese, antes de acionado o trator autônomo, toda a área deve ser vistoriada, o que pode ser realizado pelo mesmo drone.
Além das facilidades para o plantio, o monitoramento remoto pode contar com softwares de análise de imagens. Estes, por sua vez, são capazes de identificar deficiências nutricionais e ocorrências de pragas e doenças, por exemplo.
Os dados de monitoramento remoto, de maneira geral, podem ser recebidos e analisados por sistemas de gestão agrícola. Dessa forma, permitem amplo alcance e rapidez na capacidade de decisão e nas estratégias a serem adotadas diante de qualquer irregularidade imprevista.
6. GPS agrícola
No agronegócio, a utilização do GPS agrícola vem se incorporando como prática indispensável, especialmente na agricultura de precisão. Nesse sentido, quase todas as tecnologias no campo fazem uso dessa ferramenta, que viabiliza inúmeras potencialidades, desde o plantio até a colheita.
Assim, a programação de máquinas automotrizes, o trabalho de drones ou o levantamento de reboleiras atacadas por pragas ou doenças, por exemplo, ganharam outras dimensões de eficiência. Com o GPS, podem ser elaborados mapas de produção, assim como todas as operações de campo passam a ser planejadas e acompanhadas com precisão inigualável.
Entre os principais benefícios da incorporação do GPS no agronegócio, estão:
- maior eficiência na utilização de máquinas e insumos;
- menor contaminação ambiental por defensivos;
- maior precisão nas operações de manejo da lavoura;
- economia de tempo;
- melhor produtividade.
A tecnologia disponível atualmente trouxe inúmeras facilidades para o plantio mecanizado, assim como para as demais operações que compõem a condução de uma lavoura de sucesso. Ao adotá-la, a produtividade agradece.
Se você gostou deste post, o que acha de entender melhor o que é um veículo autônomo e qual o seu impacto na agricultura!